12 - O desejo dela ultrapassa o meu

 

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"E QUEM TE DISSE QUE EU ESTOU DE CALCINHA?"

Aquilo me pareceu um chamado à ação... uma aventura paralela, um atentado à meu auto controle.

É verdade que eu já tinha exibido meu sexo inteiramente disposto e ela:

"Está se aquecendo antes da corrida, gostoso?"

Mas montar em mim daquele jeito, com toda propriedade... quem ela pensa que é... Me tomando posse daquele jeito?

De qualquer forma, aquela frase me perguntava uma dezena de coisas...

Será que estar sem calcinha tem o mesmo significado pra mim quando eu estou sem cueca? Tipo... a transa é inevitável e, em alguns casos, obrigatória?

O desejo dela ultrapassa o meu já que ela estava de short e sem calcinha bem antes de eu colocar o pau pra fora e me exibir?

Ela planejava algo? E se planejava, eu podia deixar rolar que seria tudo a vontade dela?

Fui imperativo:

"Ele é todo seu... faz o  quiser com ele..."

Era verdade... eu bebi o suficiente para não precisar controlar nada... ela tinha todo direito de fazer o que quisesse de mim....

Como um passe de mágica a gente parecia um. Agora não tinha short.na verdade só haviam as partes de cima pra manter o erotismo do "esconder e mostrar"

E ela fez o que eu tenho como o doce da nossa relação. Akela cavalgada com autoridade de quem sabe quando quer, quanto quer, como quer e onde tão dentro quer. Pela entorpecencia sinto mais nos "onde tão dentro". Isso ajuda a ela no "quanto quer"

Frases me indicam que ela está satisfeita... não havia necessidade de performance somente relaxar e seguir o fluxo. Como um rio de águas mornas e relaxantes, a gente desce os vales e por entre os veios a canoa segue firme ante a energia e poder do fluxo... nunca negando mas  se ajustando cada vez melhor ao fluxo.

Eu queria amanhecer naquele perfume, seguir naquele incômodo e só parar de cansaço. Mas tem escolhas que abreviam o ponto máximo em minutos que dariam mais horas.

Enfim, de tanto rebolado, apertos e torções... tanto desejo, beijos e canções, chegamos ao cume... nessa hora não tem réu nem culpado... apenas o gozo e os corpos estirados... a preguiça gostosa e a conversa ao pé do ouvido... o abraço caloroso e o beijo ambíguo...

Te olho nos olhos e te confesso elogios... dama, és minha constante e meu mais amado abrigo.

Ficou meio piegas no final... mas acho que sexo e poesia são do mesmo grupo semântico... pq no sexo e nas poesias... se as palavras se encaixam... há gozo e alegria.

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