14 - Pousou a outra orelha pra próxima vogal

 14

A
Foi a primeira silaba que eu mencionei dentro do ouvido quente e suave dela.

As mãos se encontraram e o beijo aconteceu.

E

Prolonguei essa vogal e ela se arrepiou deslizando a língua pelo meu pescoço. Mordiscou a minha nuca e pousou a outra orelha pra próxima vogal.

I

Essa era mais irritante, mas acabou arranhando minhas costas apertando meus mamilos e subindo os polegares pelas laterais do meu abdômen.

O

Essa foi mais grave e ondulante, circunscrevia minhas nádegas com as unhas pintadas cor de carmim. Dessa vez quem arrepiou fui eu... até a nuca.

U

 Ela desafiou os limites impostos pelas roupas e invadiu a minha privacidade como quem nunca tinha visto aquilo antes. Não tinha visto mas tocava como quem já conhecia a longa data. Tateava cada veia, ensaiava cada dobra, insistia onde era liso e encobria quando saturava. Mal sabia ela... ali era o ponto... mal sabia eu... como se pode fazer com um conto. O objetivo era voltar ao “A” mas acabamos repetindo essa vogal o resto da noite!

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