O MANTO E A ESPADA 02

         

                                              
    Prólogo II



Lemira

É noite e a jovem de cabelos ruivos direciona se a uma casa aparentemente velha próxima aos limites da floresta. Por fora parecia uma casa modesta de um aldeão, só que quilômetros distante da cidade. 

Com isso algumas partes de troncos invadiram a estrutura da casa e neste momento as duas são parte da mesma construção.

Ao entrar na casa pode se reparar que ela parece maior por dentro. Uma habitação confortável, parte floresta, parte construção humana. 

Velas iluminavam cada canto.

Apenas a sala principal que ficava numa parte mais alta encontrava se mal iluminada.

É de lá que vem uma voz cansada chamando...

 - Lemira minha filha, aproxime se.

Uma senhora encapuzada de cabelos brancos e face cansada está diante de uma chama próxima a uma espécie de púlpito onde ela manuseava um livro antigo e bem castigado pelo tempo.

O livro emanava um brilho próprio por isso não carecia de luz para lê lo.

- Não tenho mais nada a lhe ensinar... porém, de acordo com as predições precisamos que você recupere a Espada Sakrooz que se manifestará em alguns meses numa parte remota de Asturs, em Asphir.

- Mas como eu farei para recuperá-la? Não tenho treinamento militar para conquistar tal armamento.

- Terá de fazê lo no reino onde somos mais fortes...

- Pesadelos...

- Exatamente.

A jovem sai da casa com uma bolsa onde carrega algumas mudas de roupa e segue em direção ao local predito pela mulher mais velha em meio a noite, guiada pela lua de prata no firmamento.

                                                         Prólogo III



É manhã, e dentro de um grandioso castelo no Grão-ducado de Asturs. 

Iluminados pelos raios do sol que penetram vitrais coloridos, uma pequena porção de pessoas assiste o valente guerreiro Galtes ser nomeado cavaleiro pelo Rei Elmore

- Meus súditos! Nomeio agora Sir Galtes! Conde de Asphir senhor das terras a oeste daqui – ele proclama enquanto impõe uma espada longa nos ombros do cavaleiro que agora se tornara seu vassalo - Passo a ele poderio sobre elas assim como todos meus servos daquelas paragens.

Usando sua armadura de batalha agora polida, Galtes se recorda de incontáveis guerras onde serviu ao lado de Elmore e de como aquilo é mais do que uma recompensa. É uma honra.

Figura em sua mente também o passado com todo o esforço que sua mãe fizera para torná-lo um cavaleiro e como ela fazia falta, sendo a pessoa mais importante em toda aquela solenidade.

Jovem, tinha a prudência de poucos daquela época. Exatamente por isso sobrevivera a dura batalha por dias em cercos e situações onde a temperança lhe cobrava um preço alto.   

Tinha a pele alva e os olhos azuis demonstrava uma origem escandinava; Tinha o semblante castigado mas seguro. Usava cabelos longos e loiros presos e uma barba curta. 

Seu porte físico ainda era esquio e, onde lhe permitia, exibia uma musculatura própria de anos de treinamento nas artes da guerra.

De batalha em batalha foi galgando os caminhos que o tornaram um dos mais leais belatores a disposição de Elmore. Mas o que o alçou a tal posto foi o resgate do rei após uma exaustiva missão quase suicida. Conseguiu com muito custo recuperar o nobre sem necessitar de pagar o resgate, e hoje goza de proximidade com o regente que lhe deve a vida.

Após a cerimônia de investidura ele tem tempo para trocar sua roupa, agora uma túnica cinza com adornos no cinto, anéis com pedras preciosas presentes da rainha ao mais novo súdito e uma espada nova na cintura, esta sim inaugurando sua nobreza e futuramente sua família.

Segue-se um banquete suntuoso onde se encontra a nata da nobreza e o povo apresentava várias diversões. Entre elas à reconstituição da famosa batalha onde ele salvara três destes nobres dos sarracenos. As festividades seguem com bobos da corte, engolidores de fogo e outros tipos de atrações.

Num dado momento, o cavaleiro cruza seu olhar com o de uma jovem e linda moça ruiva. Era Lorraine a filha de Elmore com a rainha Purin. Ela trajava um vestido verde de seda que disfarçava seus seios volumosos e sua cintura curvilínea apesar de uma estatura comum para aquela época: a de uma adolescente. Sua face era jovial, possuía lábios finos, um nariz aquilino e olhos expressivos. Por não ter filhos homens o monarca protelava em ceder a mão de sua filha aos príncipes de outros reinos, ao mesmo tempo governando com mão de ferro seus feudos. 

A menina tinha certa idade, porém sem pretendentes à altura, esta situação desenvolveu nela uma personalidade frívola e com mudanças de humor muito repentinas. Todos os vassalos e pretendentes sentiam-se incomodados com a sua presença. Estava sempre acompanhada de sua ama que também jovem e de cabelos negros. A ama, apresentava uma beleza menos atrativa se comparada a princesa... cabelos encaracolados, olhos pequenos e nariz afilado. A boca carnuda mas pequena e sardas em várias partes do rosto indicava que sua origem deveria ser as das terras ibéricas. As duas viviam conversando, cochichando e rindo como se tudo fosse piada. Ele sorri para ela, mas logo se lembra de que se trata da filha do rei e abaixa a cabeça o mais rápido que pode... Mas era tarde: Os olhos da jovem devoravam-lhe. O cavaleiro desviava afim de não cair em tão mortal armadilha... A armadilha de sua alma. De certo sabia que aquele romance não poderia vir à luz afinal era apenas um vassalo e aquela era a filha do rei.

De repente depara-se com a ama de Lady Lorraine mais adiante à sombra de uma pilastra enorme dentro do salão onde estavam ocorrendo as festividades. Esta lhe sussurra no ouvido: "Encontrar-te hei nas videiras de Elmore ao anoitecer, como bom súdito não falte!".

Agora seu coração batia mais forte. Não entendia como, depois de árduas e impossíveis batalhas, frente a frente com o que de mais abominável o ser humano podia fazer, ele se via indefeso diante de tais sentimentos. 

Isto o inebriava... Que interesse genioso teria esta jovem?

Como previsto, ao anoitecer, todos os nobres encontravam-se embriagados depois de longas horas de festejos. Galtes bebera pouco, preservara-se a fim de impor certa resistência às possíveis investidas de sua companhia. Corajoso, seguiu para as videiras, um lugar ermo que naquele momento se encontrava vazio e silencioso. A luz da lua tinge cada centímetro iluminado de azul e o restante do cenário mergulhava em sombras de formas indistinguíveis. 



As duas jovens surgem, a princesa e sua ama. Lá estava a linda filha de Elmore, cabelos rúivos ornados com flores em torno de uma tiara dourada. A tiara combinava com os detalhes dourados de seu vestido azul real. Este insinuava ainda mais a silhueta voluptuosa da jovem que serpenteava em torno do cavaleiro. Seu perfume de rosas complementava a beleza juvenil e escondia toda a lascívia de suas intenções. Sem saber o cavaleiro já estava submetido aqueles encantos!

- Boa noite milorde! Aguardávamos ansiosas a este encontro...

- Obrigado por tal honra milad... – sua frase é interrompida por um longo e luxurioso beijo como os que o cavaleiro só havia partilhado com as mais hábeis meretrizes... Ela demonstrava destreza ao movimentar sua língua, tornando o beijo mais intenso ainda. Um momento ela retém a ação, afasta os lábios e diz:

- Não te acauteles cavaleiro, baixa tua guarda e me dá o que mais quero – ela passa a mão pelo tecido que lhe recobre o falo provocando excitação imediata. Sua boca agora está a centímetros da orelha de Galtes e ela passa para trás do jovem enquanto continua falando dentro de seu ouvido com uma voz angelical – Livra-te da preocupação, todos os que te ofereceriam perigo estão agora derrubados ante o poder do vinho. - Ele estava imóvel diante daquela presença esmagadora de volúpia sedenta. A ama acompanhava tudo com olhares ainda mais lascivos, como se esperasse seu momento de servir-se da presa.

Suavemente pega a mão do cavaleiro e coloca em seu sexo por uma abertura ao lado do vestido, primeiro acariciando os pelos e depois passando para a pequena fenda que está levemente umedecida. Inebriada a princesa volta a sua frente e a ama se aproxima por trás.

- Como sou virgem por exigência de meu pai, não poderei dar-te o prêmio mais cobiçado, porém deixarei que se delicie do meu mel perfumado e que termines na ama que é igualmente capaz de satisfazer teu gozo! – ele sente o hálito perfumado da ama em sua nuca. Ali, ao lado ela acaricia suas partes íntimas agora a mostra, numa exuberância de pelos negros contrastando com uma pele morena. 

Ela tinha tudo o que um homem com aquela excitação precisava: a pele quente e o acolhimento de uma gruta bem intumescida!

Sem entender ao certo o que acontecia, Galtes é tomado novamente por um beijo apaixonado da princesa. Mãos quentes e cuidadosas manipulam seu membro pulsante e quando se dá conta está debaixo da saia de Lorraine em um canto qualquer aconchegante de feno dentro das instalações da videira.

A boca saboreando seu pequeno, perfumado e rosado veio num vai-e-vem incessante. A língua dele atinge uma rigidez aproximada a de um membro autentico arrancando gemidos altos da jovem desinibida. Era seu grelo que desafiava a força e a insistência de seu ofensor. Ele não desistiria até que ela pedisse para parar... 

- Vai cavaleiro, lambe este sino do prazer entre as aff! minhas... ahhhh... pernas!!

Agora é uma boca molhada e quente que lambe, chupa e morde lhe o falo, arrancando lhe suspiros. Era a ama que fazia o serviço proposto pela princesa! 

Com sua boca pequena e voraz, demonstrava extrema habilidade sugando, passando a língua e lambuzando-o. O transe era tanto que ele por vezes parava de lamber a bela sentindo que chegava ao clímax.  Só para cair novamente naquele eterno morrer e voltar de sensações que lhe eram novas, mesmo depois de suas experiências com profissionais. Os cumes só serviam para excitá-lo ainda mais e fazê-lo empreender com mais fúria em suas lambidas e chupadas contra a princesa.

Lorraine urrava de prazer, mas seu grelo continuava firme mesmo que naquele momento desejasse o enorme e vigoroso falo de Galtes dentro dela. O trio mantém a performance durante quase uma hora. 

É quando Lorraine atinge o gozo num frenesi monumental como se estivesse possuída, o corpo todo lhe tremia e só lhe restava gemer mais alto ainda. O resultado é uma torrente daquele liquido que recobria toda a boceta de sua milady e agora tomando seu rosto por completo. 

Como uma rainha do sexo, sinaliza para a ama para tomar outra postura mais ativa no ato. Neste momento, ela livra-se de seu vestido e, nua em pelo, senta-se com vontade sobre o músculo intumescido e veiudo de Galtes. Era um desejo dele mas mesmo assim era algo inesperado... 

Inusitado...

Insólito...

Ele geme e sente como se sua alma estivesse sendo consumida. Era desconcertante que uma mulher lhe estivesse empreendendo tanto suplício logo a ele que tinha vencido tantos homens que não lhe tocaram nenhum fio de cabelo. Mas da forma que estava ali, era todo delas... a carne e a alma inteiros...

Ainda encharcada pelo gozo, a princesa aprecia aquela cena com muita paixão e fica na torcida pelo gozo de seu cavaleiro enquanto acaricia carinhosamente seu grelo.

- Vai! Cavalga! Cavalga! – Ela grita e chega perto da ama falando em seu ouvido: - quando ele estiver vibrando saia de cima, pois quero sorver o mel dele!

Depois de mais alguns minutos e vários movimentos sobre o nobre a ama sente que é chegado o momento. 

Imediatamente se levanta e, em seu lugar, a princesa ajeita o cabelo e abocanha com paixão o cajado trêmulo do guerreiro.

Não precisa de muito para que a fonte comece a jorrar e ela sente todo o gozo quente e denso em sua face, chupando o restante ainda de dentro do membro.

Galtes está esgotado, aquelas emoções já eram demais para sua noite e ele como um guerreiro comum busca um lugar para se abrigar no próprio chão da videira, pois o sono caíra como uma tempestade.

Lorraine e sua ama saem calmamente dali gargalhando e conversando, pois de certo tinham mais uma aventura para figurar em suas vidas monótonas.



O sol começa a despontar e incomoda os olhos de Galtes. Ele se levanta. Mais tarde, por vezes, se recorda da aventura na noite passada enquanto cela seu cavalo branco e, em meio às despedidas festivas de Elmore e da corte, ele segue viagem.

Algumas horas de viagem depois ele chega a uma choupana de porte médio onde há diversas pastagens e cercas de madeira, ladeadas por cavalos das mais variadas raças. Asphir era famosa pelos garanhões de guerra que produzia e Galtes sempre gostou de cavalos. O feudo figurava como um presente de Elmore além de uma responsabilidade.

Já era bem tarde quando ele chega a casa. Enquanto desce do cavalo, um senhor de idade avançada, cabelos brancos e roupa simples se aproxima. Ele se apresenta.

- Bom dia Milorde! Eu me chamo Seeks e cuido da produção de cavalos do exército e dos nobres de Elmore. Já esperávamos sua chegada ansiosamente. Todos os servos desta casa estão a sua disposição. Venha comigo, e faça uma refeição antes de lhe mostrar sua propriedade – Enquanto Galtes o acompanha, dois outros servos pegam sua bagagem selada na cavalariça e levam para os aposentos do cavaleiro. O cavalo é levado ao estábulo.

A cesta é farta, e o guerreiro é bem abastecido, com iguarias comuns da região, além de perdizes de pequeno porte com um tipo de tempero que ele nunca havia provado. Durante seu deleite, Seeks explica sobre a instância, seus antigos e tiranos senhores, e como Elmore os massacrou e devolveu a paz aquelas terras, e até onde vão os limites da instância.

Fatigado pela viagem, ele chega até seus aposentos, que, diferente do restante da casa, é ricamente ornamentado. Ao ver todo aquele luxo, prefere ir para os estábulos onde prepara um leito com peles de lobo e lá adormece.

Ao longe, no meio da penumbra atrás de uma velha árvore um vulto feminino recoberto por um manto observa a casa.

                                              FIM DOS PRÓLOGOS

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