O MANTO E A ESPADA 06


 








Suna

Lemira resolveu se aproximar do cavaleiro. Aproveitando uma simpatia inicial de dias atrás. Ela o procura no campo enquanto este estava cuidado de seu cavalo.

- Bom dia meu senhor, a comida tem sido de seu gosto? – Retira o cabelo do rosto e relaxa num sorriso tímido.

- Sim jovem dama, ultimamente este é o prazer menos nocivo que tenho tido.

- Sua serva poderia lhe satisfazer de alguma outra maneira? – Aquela proposta era no mínimo insólita, porém, interpretou que a mulher ali a sua frente não tinha qualquer ligação com seu tormento privado.

- Sim, lhe encontrarei antes do amanhecer na cozinha para falarmos mais a respeito – Galtes sentia que o fortalecimento da virilidade física lhe ajudaria a retomar o equilíbrio espiritual e a estabilidade psicológica.

- Como quiseres milorde, prove este doce que acabei de fazer. Está fresco! Ela lhe dá uma pequena tigela com algumas frutas desidratadas misturadas a uma espécie de molho de melado com aroma de amêndoas e sabor delicioso acentuando a doçura.

- Muito obrigado! – Ela se afasta calmamente enquanto ele come.

As horas passaram e finalmente o horário combinado chegou. Os dois se encontraram e, em meio a conversas, algumas liberdades foram tomadas. Galtes começara a sentir-se tranquilo com o contato físico, e Lemira estava interessada no desfecho de sua saga com objetivo em Sakrooz.

Imaginou que talvez pudesse ter os dois, a espada e o cavaleiro.

Deu-lhe o carinho que pedia, no entanto não se estendeu muito ao ponto de uma intimidade. Galtes até que tentou, mas a dama sabia que a chave não estava naquele momento. Era uma receita com muitos ingredientes, e ainda não estava na hora de colocá-los no forno. O cheiro, o gosto... tudo a preparou para uma nova investida... mas nos sonhos ela era mais forte. Aquela excitação inicial, a qual lhe lubrificara, deu a determinação para mais um embate.

- Hoje tenho certeza de que dormirei feliz minha dama, teus lábios me conduziram aonde devo ir – disse Galtes, feliz saindo dali e sorrindo. Ele entra na casa e se prepara para sua cesta noturna antes de dormir.

Lemira deita-se em seu leito humilde e pensa em tudo o que aconteceu. Sentiu mesmo que podia ter os dois. Porém decidiu focar em seu maior objetivo. A espada Sakrooz. Ela entra em transe...

- Suna... minha inocência vá! Confio em ti para finalmente tirar deste a Sakrooz!

Ao recolher-se o cavaleiro cingiu sua fronte com óleos e perfumes para que tivesse uma noite agradável. Ele adormece.

Ao abrir os olhos no sonho ele se depara com uma fonte. E de dentro do espelho da fonte ele vê saindo do reflexo da água, como uma sereia, a adolescente Suna. Esta mulher é mais jovem e, diferente de seu primeiro encontro, ela está com uma roupa leve mas que não esconde nada.

Era uma mulher bela porém franzina e de traços delicados. Mãos com dedos finos e corpo adolescente. Porém tinha seus encantos. Na  verdade, ela era parecida com as mulheres que ele conhecera na corte. A única peculiaridade era o formato e tamanho de seu cabelo. Uns cachos arrumados na forma de um triangulo.

- Cavaleiro, não tenhas medo, eu sou Suna, e estou aqui para satisfazer-te. Vamos esquecer Sakrooz, só quero te dar o meu gozo.

A jovem aproxima-se lentamente como uma gazela. Ela olha atentamente todo o corpo do cavaleiro. Ele está com a cota de malha por cima de mais e mais roupas. Diferente do mundo real, ele aparentava um descuido com a aparência, na verdade revelando como ele estava mentalmente dentro. Ela passa para sua frente e começa a toca a lateral de seu rosto na barba desgrenhada e por fazer do jovem, roça gentilmente em seu membro por debaixo da calça. Suas duas mãozinhas quentes e aconchegantes pousam o já rijo falo e se livram das calças. Galtes ofereceria resistência se tivesse diante de si uma mulher abrutalhada como Kareshe, ou até mesmo uma voluptuosa como Atox, porém, aquela menina não lhe oferecia perigo e ele se deixou levar.

Ela se ajoelha e acaricia o cajado já envolto em seiva. Coloca-o pra fora da calça e começa a lamber. Depois chupar e num ímpeto quase o engole para depois se concentrar na glande. Com linguadas circulares ela derrete o guerreiro que já não mantém a guarda e se entregando àquele carinho. Sua confiança estava em Sakrooz que certamente viria salvá-lo como das outras vezes.

A menina agora se levanta e roça a perna na lateral do cavaleiro e aos poucos começa a flutuar. Com o membro exposto ele presencia a pequena e encharcada gruta da dela ir se encaixando naquele tenso e latejante membro. O mordaço se impunha como um túnel quente e levemente áspero. Isso se dava devido a rosa desabrochada e seus lábios íntimos serem menores do que o saliente ainda confuso de Galtes.

- Era isso que você queria fazer com Lorraine? – ele fica surpreso... Como ela poderia saber algo sobre Lorraine, como ela poderia saber da orgia que tiveram na corte? Aquele segredo devia seguir com ele para o túmulo e aquela espectral tornava-se um perigo para a sua sobrevivência. Esta situação fez com que Galtes resistisse à sedução da criança que neste momento subia e descia naquela vara como se estivesse amarrada por cabos que a suspendiam. Ela gemia e urrava de prazer e Galtes sentia o cheiro gostoso de sexo e ia enfiando seu membro cada vez mais mesmo sem ter um apoio, mas não poderia se entregar, afinal a garota escondia seu segredo mais perigoso. O problema é que a jovem, a exemplo das demais parcelas de Lemira, estava se entregando à paixão do sexo desviando-se do objetivo que era a espada Sakrooz.

Lemira inclusive tocava seu sexo, e sentia ardentemente cada estocada, e cada evolução que a jovem vazia naquele balé de luxuria e prazer. Como a movimentação dependia dela, ela subia e descia sofrendo com o tamanho do falo do cavaleiro que a tocava profundamente aumentando sua excitação e lambuzando a estaca do Jovem.

A situação foi chegando a um nível de excitação que tanto ela quanto Galtes gozaram juntos... porém como ela era leve, exausta mantinha-se como que empalada pelo veio, bruscamente atada ao mastro teso do guerreiro que a segurava numa espécie de espeto. Abraçando ela com o membro ainda dentro dela, a espada surge a sua direita. Suna pode vê-la e nesse momento toca na joia em cima da guarda, porém ele estoca a jovem na lateral. A menina desfaz-se como um monte de areia ali ainda retida pelo sexo ao cavaleiro...

Neste momento, olhando o membro ele se recorda que aquilo era apenas um sonho e que a menina não oferecia perigo. Porém era tarde demais... Era muito terror para a mentalidade medieval do jovem. Ele faz o sinal da cruz convulsivamente até que não sobre mais nada da etérea. Ele sente um aroma de amêndoas e tenta lembrar das feições das três espectrais e compara com Lemira. Seria aquilo uma pista do seu subconsciente?

O espelho d’agua ainda mantém a imagem de Suna e ele se compadece da jovem quando o sonho acaba e ele acorda. A Sakrooz está em suas mãos, como no sonho. O terror aumenta mais.  

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